sexta-feira, 14 de março de 2014

SAÚDE
Cistite, um mal que atinge todas mulheres quando menos se espera, vamos prevenir...
PREVENÇÃO DAS CISTITES
As medidas profiláticas que serão descritas têm grande importância prática, pois diminuem de forma significativa as chances de ocorrência de surtos agudos de cistites.

Micções frequentes: A micção representa um dos mecanismos de defesa do trato urinário contra a invasão das bactérias (bactérias na uretra são eliminadas com urina durante a micção). Por isso, pacientes propensas a cistites devem urinar com frequência, se possível a cada 3 ou 4 horas.

Ingestão de líquidos: A ingestão de grande quantidade de água contribui para maior formação de urina e isto favorece a eliminação de bactérias durante a micção. Cerca de 2 litros de líquidos devem ser ingeridos por dia.

Higiene pessoal: A higiene feminina implica em cuidados com os orifícios anal, vaginal e uretral e com a pele adjacente, de modo a evitar que bactérias intestinais, eliminadas principalmente por ocasião das evacuações, penetrem na vagina ou uretra. Estas medidas devem ser ensinadas na infância, enfatizando para a criança sobre a necessidade de tais cuidados em decorrência da proximidade entre o ânus e a vagina.

Higiene: A limpeza com papel após as evacuações deve ser feita de frente para trás, e nunca ao contrário, a fim de evitar que bactérias localizadas em torno do ânus sejam carregadas para a vagina.

Banhos locais: Após as evacuações pode-se melhorar a limpeza da região através de lavagem local com “chuveirinho”ou água corrente. Deve-se evitar nessas ocasiões banhos de imersão em bacias ou banheiras, pois água contaminada com restos fecais pode penetrar na vagina. A limpeza com “chuveirinho”é particularmente importante em pacientes com cistites recidivantes.

Higiene após micções: A higiene local após as micções deve ser sempre com papel macio, que é aplicado na região de modo a absorver a urina residual. A prática de se esfregar o papel junto ao orifício da uretra é desaconselhável, já que isto pode traumatizar o local e favorecer a penetração de bactérias.

Roupas: Mulheres com cistites recorrentes devem evitar o uso de roupas justas por longos períodos e de calcinhas de nylon ou material sintético. Roupas muito justas ou calcinhas não absorventes impedem a circulação de ar na região genital, o que torna a vagina úmida e aquecida. Este tipo de ambiente favorece o crescimento de bactérias relacionadas com infecções vaginais e envolvidas com cistites.
Calcinhas de material sintético podem produzir alergia local, com prurido persistente e irritação da mucosa que reveste a vagina. Este tipo de lesão propicia o desenvolvimento local de bactérias e aparecimentos de infecções secundárias. As pacientes predispostas a cistites devem usar, de preferência, calcinhas de algodão.

Higiene menstrual: As medidas higiênicas comumente empregadas durante o período menstrual não parecem interferir com o aparecimento de infecções vaginais ou cistites. Não se demonstrou até o momento qualquer efeito nocivo das compressas ou dos tampões vaginais em relação aos sistemas genital e urinário.

Desodorantes íntimos: Devem ser evitados em mulheres propensas a cistites ou infecções vaginais, já que podem desencadear reação alérgica local e irritação vaginal.

Métodos anticoncepcionais: Não existem, até o momento, evidências que demonstrem aumento da incidência de cistite ou infecções vaginais com o uso de pílulas anticoncepcionais ou DIU (dispositivo intra-uterino). O diafragma tem sido implicado como uma possível causa de cistite.

Atividade sexual: Algumas mulheres costumam apresentar cistites após atividade sexual e neste grupo podem ser adotados cuidados preventivos que reduzem a incidência de infecções:
a)-Micções após cada relação sexual: Urinar após as relações favorece a eliminação das bactérias que possam ter penetrado na uretra e bexiga durante o ato sexual.
b)-Ingestão de água após cada relação sexual: aumenta a quantidade de urina e o número de micções no período subsequente ao ato sexual e isso contribui para erradicar microorganismos localizados na uretra ou bexiga. As pacientes nunca devem esvaziar totalmente a bexiga antes do coito. É necessário que sempre permaneça um pouco de urina na bexiga para amortecer o trauma do pênis durante o ato sexual.
c)-Lubrificação vaginal: Se não houver lubrificação fisiológica normal da vagina no momento da relação, deve-se recorrer a lubrificação artificial com substâncias neutras. Esta medida é bastante importante, pois relações sexuais com vagina pouco lubrificada produzem traumatismos do orifício da uretra e favorecem a penetração local das bactérias.
d)-Evitar posições dolorosas: Relações em posições que produzem dor vaginal indicam que a mucosa (revestimento) da vagina está sendo traumatizada e isto favorece o crescimento de bactérias na região.
e)-Higiene vaginal: Durante o ato sexual bactérias localizadas na vagina podem ser lançadas na uretra e ganhar acesso à bexiga. Por isso. irritações ou lavagens vaginais com água ou soluções antissépticas (1 litro d’água fervida mais 1 colher de sopa de vinagre branco) são recomendadas em pacientes com cistites recidivantes. É importante que a higiene seja realizada antes e não após a relação de modo que a população de bactérias vaginais seja pequena no momento do ato sexual.
f)- Evitar o coito anal, pois as bactérias intestinais contaminam a uretra masculina e, em futuras relações vaginais podem promover vaginite e secundariamente cistites. por isso, em casais que praticam o coito anal impõe-se o uso obrigatório de preservativos.

Infecções vaginais: As vulvovaginite (infecções da vulva ou vagina), que em geral se manifestam em todas as pacientes com propensão a cistites, assim como infecções vaginais de qualquer tipo, tornam o local mais suscetível à ação de bactérias intestinais, que aí se instalam e depois podem invadir a uretra e a bexiga.
DIMINUIR A ANSIEDADE E STRESS
Source:
INSTITUTO ISEXP: Instituto Brasileiro Interdisciplinar de Sexologia e Medicina Psicossomática